Beba na fonte do conhecimento cervejeiro
A presença feminina no setor cervejeiro já ultrapassou a barreira de ser apenas um nicho de mercado, elas estão assumindo o protagonismo, desde a produção até a gestão de negócios cervejeiros.
A executiva Larissa Schmitt é a mais nova evidência do triunfo feminino, é a primeira mulher a assumir o cargo da presidência da Associação Vale da Cerveja, que reúne 17 cervejarias, a Escola Superior de Cerveja e Malte (ESCM) e tem como objetivo ampliar a visibilidade das cervejarias artesanais na região e fomentar o turismo local. Schmitt foi eleita para um mandato de abril de 2023 a abril de 2025 sendo que o vice-presidente será Charles Ristow, da Cervejaria Belgard, de Indaial, também de Santa Catarina.
É um importante marco para a representatividade e presença feminina no setor cervejeiro. Como a primeira mulher a assumir a presidência da associação, Larissa pode inspirar outras mulheres a ocuparem espaços de liderança no mercado cervejeiro e a contribuírem para a promoção da diversidade e da igualdade de gênero no setor.
Propostas da nova diretoria do Vale da Cerveja
A nova diretoria do Vale da Cerveja em Santa Catarina, liderada por Larissa Schmitt, pretende seguir as propostas da gestão anterior, que era liderada por Valmir Zanetti. Segundo Schmitt, o objetivo da nova diretoria é aproximar a cerveja artesanal das comunidades dos 14 municípios que compõem o Vale da Cerveja. Para isso, a nova diretoria planeja realizar eventos próprios e ampliar o espaço das marcas locais em agendas já existentes.
Já estão confirmados dois eventos para os próximos meses. Em maio, acontecerá em Indaial a segunda edição do Biergarten Vale da Cerveja, enquanto que em junho as cervejarias associadas participarão da Festitália.
Como meta, a nova diretoria pretende ampliar o número de associados e a continuidade dos movimentos de sensibilização sobre o impacto econômico do segmento, seguindo o trabalho realizado nos últimos dois anos. Serão realizadas novas pesquisas e ações conjuntas para promover o desenvolvimento da indústria cervejeira na região.
Cresce a presença feminina no setor cervejeiro em todo o país
O papel da mulher neste setor tem sido fundamental para a mudança de paradigmas e para o reconhecimento da cerveja como uma bebida sofisticada, que pode ser apreciada em diversos momentos. Hoje elas não são apenas são consumidoras, mas também estão à frente de cervejarias e associações, como é o caso de Larissa Schmitt.
A valorização da diversidade é fundamental para a promoção do desenvolvimento econômico e social de uma região, e a presença feminina no setor cervejeiro é um exemplo disso. A atuação de mulheres na produção e gestão de negócios cervejeiros traz inovação, criatividade e contribui para a geração de empregos e renda na região.
Outro passo muito importante da ascensão de mulheres neste setor é a quebra de estereótipos e preconceitos que ainda existem em relação ao consumo de cerveja por mulheres. A cerveja é uma bebida democrática, que pode ser apreciada por pessoas de diferentes gêneros, idades e culturas.
As mulheres têm mostrado capacidade e competência em um segmento que já foi historicamente dominado por homens
Nos últimos anos, o mercado de cervejas artesanais vem ganhando espaço no Brasil, e isso tem proporcionado uma maior presença feminina atuando nesse segmento. A cada ano, mais mulheres têm se destacado como cervejeiras, sommeliers, proprietárias de cervejarias, professoras de escolas cervejeiras e em outras áreas relacionadas à produção e venda de cervejas artesanais. Schmitt é uma entre várias mulheres que se destacam no cenário cervejeiro nacional, veja algumas delas já consagradas:
- Amanda Reitenbach: Doutora e pesquisadora, lidera no Science of Beer e uma equipe de gestão e operação composta por mulheres e juíza em competições cervejeiras nacionais de cerveja;
- Luiza Tolosa: sócia proprietária da cervejaria dádiva, iniciou o projeto da cervejaria com outros dois sócios que saíram antes da fábrica entrar em operação.
- Cilene Saurin: é uma cervejeira e mestre-cervejeira brasileira, formada pelo Instituto Cervejeiro Brasil. Ela é co-fundadora da Cervejaria D’Alaje, uma cervejaria artesanal localizada em Joinville, Santa Catarina, que se destaca por produzir cervejas experimentais e criativas. Cilene também é juíza de concursos de cervejas e já foi premiada em diversos festivais cervejeiros.
- Bia Amorim: é uma cervejeira brasileira e mestre-cervejeira, formada pela Escola Superior de Cerveja e Malte. Além de ser uma das principais referências no cenário cervejeiro brasileiro, Bia também é uma grande defensora da inclusão feminina no setor e tem apoiado outras mulheres cervejeiras a ingressarem nesse mercado.
- Bia Amorim: atua como sommelier de cerveja. Trabalha faz 20 anos na área de gastronomia. É autora e organizadora do livro Guia da Sommelieria de Cervejas.
A presença feminina no setor cervejeiro também tem contribuído para a promoção de cervejas mais diversificadas, com novos sabores e estilos. Muitas mulheres cervejeiras têm trazido uma nova perspectiva para o setor, com uma abordagem mais criativa e experimental.
Apesar disso, as mulheres ainda enfrentam alguns desafios nesse mercado, como o preconceito e a falta de representatividade. Por isso, é importante que as mulheres continuem ocupando espaços nesse setor e que haja ações para promover a igualdade de gênero no mercado cervejeiro.
Conclusão
Em resumo, a ascensão das mulheres no mercado cervejeiro é um movimento importante para a promoção da diversidade e da igualdade de gênero no setor. A presença da Schmitt no setor cervejeiro não só traz diversidade e inclusão, mas também traz novas perspectivas e ideias para o desenvolvimento da indústria. Com seu trabalho e dedicação, as mulheres estão provando que são uma força importante no setor cervejeiro brasileiro e estão ajudando a impulsionar seu crescimento e evolução.
